Por acidente,
descobri uma peça adicional para uma história que em tempos contei no meu
blogue e foi depois publicada em Parem as
Máquinas! (Parsifal, 2015). Na farsa que ludibriou o jornal O Mundo em 1914, levando-o a publicar a
notícia de que fora eleito um papa português, o principal mentor da rábula foi,
por admissão própria, Joaquim Madureira, que assinava as suas sátiras como Braz
Burity. Não lhe conhecia as feições. Descobri-as num exemplar da revista
satírica Sempre Fixe. Num texto
emocionado, Gilvaz de Santana escreve ali sobre Madureira: «Foi decerto
exagerado, como caricaturista que era, tanto nas taponas que dava a uns, como
nos ditirambas que dispensava a outros, mais afortunados (…), mas tinha talento
e tinha pilhas de graça.»
Eis então Joaquim Madureira, o homem que enganou O Mundo.
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