segunda-feira, abril 27, 2015

Parem as Máquinas!

Fica mal ao autor elogiar a sua própria obra, embora não seja caso virgem na nossa imprensa. De todo o modo, a obra é tal maneira estupenda que os elogios escritos não lhe fariam justiça [será o único elogio, prometo!].
À medida que se aproxima o dia 6 Maio, data marcada para o início da distribuição de Parem as Máquinas! nas livrarias, desaparece o pudor. E o que se perde em pudor ganha-se em descaramento, atitude esta que, não tendo o mesmo charme, não deixa de ser saudável – pelo menos, para o autor e seus herdeiros.
Bom... Ao terceiro parágrafo, o leitor do Ecosfera descobre que não está perante um crítico literário do calibre de João Gaspar Simões, mas em contrapartida o autor destas linhas permanece temporariamente vivo, o que constitui uma substantiva vantagem sobre o crítico figueirense. Sobretudo para o próprio.
Ao mesmo tempo, fica finalmente explícito o motivo pelo qual 23 textos que figuraram em tempos neste espaço deixaram de estar acessíveis. Ainda por cima, eram os melhores [último elogio, prometo!] Dignos de Pulitzer [ahem!]. Não é por acaso que o nome do autor constitui um anagrama de Joseph Pulitzer, se lhe mudarmos praticamente todas as letras.
Por amável convite da Editora Parsifal, reformulei crónicas que tinham sido pensadas para a Internet e com o propósito singelo de não deixar morrer episódios memoráveis do nosso jornalismo impresso e de figuras ímpares como Urbano Carrasco ou Fernando Assis Pacheco. Após reprocessamento (nalguns casos, extenso), reformulação e edição, esses textos ganharão agora a dignidade da letra impressa.
Não vos vou maçar (ainda) com a descrição da obra, do seu sumário e dos seus objectivos. Permitam-me nesta fase – e sem brincadeira – o meu agradecimento sincero às muitas personalidades que contribuíram para a investigação, esclarecendo dúvidas e erros, e àquelas que me incitaram a prosseguir com um incentivo ocasional que, muitas vezes, neste universo da Internet repleto de insultos e meias-verdades, constituiu o apoio necessário para que as baterias voltassem a carregar.
Ao Armando Baptista-Bastos, que aceitou prefaciar esta obra e que nela deixou elogios que me fizeram corar; ao Marcelo Teixeira, que viu no Ecosfera um potencial maior do que eu imaginara; ao Fernando António Correia, que lançou as bases para a nossa parceria na JJ; aos ilustradores Luís Taklim e Miguel Alves; ao Joaquim Vieira; aos professores João Luís Cardoso e Victor Hugo Forjaz; ao historiador José Constantino Costa; ao João Paulo Cotrim; ao Dr. Ricardo António Alves; ao António Candeias; ao saudoso José Casanova; ao Alexandre Pereira; ao Dr. João Esteves da Silva; ao Alexandre Vaz; ao Dr. Paulo Tremoceiro; ao Eduardo Gageiro e ao José Goulão. E, claro, à Ana e ao Xavier.
Como daqui se infere, fico em dívida com muita gente e por muito tempo. E ainda faltam os leitores do Ecosfera, para os quais deixo a última palavra: obrigado!

1 comentário:

Anónimo disse...

Gonçalamigo

Às vezes há que dizê-lo: se ninguém diz bem de mim, então faço-o eu...

Penso que os agradecidos são muitos; mas se te esqueceste de algum, não preocupes: estás a tempo de emendar a gralha. E a gralha num texto é como um jardim sem flores Dizem os tipógrafos - e digo eu.

Em frente, Amigo!

Abç