À medida que se aproxima o
dia 6 Maio, data marcada para o início da distribuição de Parem as Máquinas! nas livrarias, desaparece o pudor. E o que se
perde em pudor ganha-se em descaramento, atitude esta que, não tendo o mesmo
charme, não deixa de ser saudável – pelo menos, para o autor e seus herdeiros.
Bom... Ao terceiro
parágrafo, o leitor do Ecosfera
descobre que não está perante um crítico literário do calibre de João Gaspar
Simões, mas em contrapartida o autor destas linhas permanece temporariamente
vivo, o que constitui uma substantiva vantagem sobre o crítico figueirense.
Sobretudo para o próprio.
Ao mesmo tempo, fica
finalmente explícito o motivo pelo qual 23 textos que figuraram em tempos neste
espaço deixaram de estar acessíveis. Ainda por cima, eram os melhores [último elogio, prometo!] Dignos de Pulitzer [ahem!]. Não é por acaso que o nome do autor constitui um anagrama de Joseph Pulitzer, se lhe mudarmos praticamente todas as letras.
Por amável convite da
Editora Parsifal, reformulei crónicas que tinham sido pensadas para a Internet
e com o propósito singelo de não deixar morrer episódios memoráveis do nosso
jornalismo impresso e de figuras ímpares como Urbano Carrasco ou Fernando Assis
Pacheco. Após reprocessamento (nalguns casos, extenso), reformulação e edição,
esses textos ganharão agora a dignidade da letra impressa.
Não vos vou maçar (ainda)
com a descrição da obra, do seu sumário e dos seus objectivos. Permitam-me
nesta fase – e sem brincadeira – o meu agradecimento sincero às muitas
personalidades que contribuíram para a investigação, esclarecendo dúvidas e
erros, e àquelas que me incitaram a prosseguir com um incentivo ocasional
que, muitas vezes, neste universo da Internet repleto de insultos e
meias-verdades, constituiu o apoio necessário para que as baterias voltassem a
carregar.
Ao Armando Baptista-Bastos,
que aceitou prefaciar esta obra e que nela deixou elogios que me fizeram corar;
ao Marcelo Teixeira, que viu no Ecosfera um
potencial maior do que eu imaginara; ao Fernando António Correia, que lançou as
bases para a nossa parceria na JJ; aos ilustradores Luís Taklim e Miguel Alves;
ao Joaquim Vieira; aos professores João Luís Cardoso e Victor Hugo Forjaz; ao
historiador José Constantino Costa; ao João Paulo Cotrim; ao Dr. Ricardo
António Alves; ao António Candeias; ao saudoso José Casanova; ao Alexandre
Pereira; ao Dr. João Esteves da Silva; ao Alexandre Vaz; ao Dr. Paulo
Tremoceiro; ao Eduardo Gageiro e ao José Goulão. E, claro, à Ana e ao Xavier.
Como daqui se infere, fico
em dívida com muita gente e por muito tempo. E ainda faltam os leitores do Ecosfera, para os quais deixo a última
palavra: obrigado!
1 comentário:
Gonçalamigo
Às vezes há que dizê-lo: se ninguém diz bem de mim, então faço-o eu...
Penso que os agradecidos são muitos; mas se te esqueceste de algum, não preocupes: estás a tempo de emendar a gralha. E a gralha num texto é como um jardim sem flores Dizem os tipógrafos - e digo eu.
Em frente, Amigo!
Abç
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