Há cerca de 15
anos, fui com a professora Maria Helena Paiva Henriques ao cabo Mondego. Estávamos
então no início deste longo processo de aceitação do geomonumento português
como estratótipo limite do Bajociano. Contou-me uma história deliciosa sobre a
Presidência Aberta de Mário Soares na região.
Passeavam pela
Figueira da Foz e a eminente geóloga confidenciou ao PR que não conseguia
cativar os media para a importância científica daquele cabo. À tarde, Soares
foi... Soares. À passagem por uma das elevações, trepou pela rocha como um gato
e foi fotografado por toda a imprensa. Quando desceu, segredou à professora: “Amanhã,
verá o cabo Mondego em todas as primeiras páginas de jornal.”
Hoje, tantos anos depois, a formação rochosa inserida no complexo mais amplo do cabo recebeu o Prego de Ouro, confirmando a classificação internacional de referência. Parabéns,
professora Maria Helena Paiva Henriques!
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