Notas sobre jornalismo, ambiente, desenvolvimento sustentável e saúde em Portugal por Gonçalo Pereira, director das edições espanhola e portuguesa da National Geographic. Blogue sem pretensões partidárias nem aspirações carreiristas. Na blogosfera desde 8 de Outubro de 2004.
quarta-feira, novembro 27, 2013
Relíquia
Acabadinho de chegar do alfarrabista (Companhia dos Livros). Não digo que está quentinho, porque foi impresso em 1928 e já teve tempo de esfriar, mas é uma preciosidade. Sobretudo pelo ensaio inédito de Reinaldo Ferreira, repórter X.
Tinha em fotocópias, mas assim é mais duradouro. Um aspecto curioso desta obra é a sua desarticulação com as leis de imprensa do Estado Novo. Quero eu dizer que já existia, à data de publicação do livro (1928), a famigerada Lei de Imprensa de 29 de Julho de 1926, que restabelecera a censura prévia, abolida pela Primeira República. Mas o livro ainda é muito... livre. O Álvaro Maia, por exemplo, escreveu um ensaio radical sobre a censura, a imprensa e a brutalidade policial Diria que, pouco depois de 1928, já seria muito difícil que alguns ensaios deste livro fossem publicáveis! A partir de 1933, então, seria impossível.
2 comentários:
Também a tenho, e até a mandei encadernar.
Tinha em fotocópias, mas assim é mais duradouro. Um aspecto curioso desta obra é a sua desarticulação com as leis de imprensa do Estado Novo. Quero eu dizer que já existia, à data de publicação do livro (1928), a famigerada Lei de Imprensa de 29 de Julho de 1926, que restabelecera a censura prévia, abolida pela Primeira República. Mas o livro ainda é muito... livre. O Álvaro Maia, por exemplo, escreveu um ensaio radical sobre a censura, a imprensa e a brutalidade policial
Diria que, pouco depois de 1928, já seria muito difícil que alguns ensaios deste livro fossem publicáveis! A partir de 1933, então, seria impossível.
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