Tenho
muito carinho pelo professor João Luís Cardoso, a quem devo várias gentilezas e
cooperação em reportagens sobre arqueologia da pré-história. Dito isto, não
consigo compreender muito bem as lacunas biográficas deste “In memoriam” (aqui) sobre
o arqueólogo e docente da Faculdade de Letras, Manuel Farinha dos Santos.
Diria
que falta uma fatia importante na biografia desta figura.
Ocorre-me
que o hiato na biografia entre 1943 e 1960 pode ser provocado pela
indisponibilidade de documentos. Permita-me assim o professor João Luís Cardoso
que junte mais cinco documentos à nota biográfica do homem que descobriu a
gruta do Escoural.
No documento
1, de 1949, Manuel Luís Macedo Farinha dos Santos é chefe de brigada, como
contratado, na listagem de funcionários da Polícia Internacional de Defesa do
Estado (PIDE) publicada em Diário do Governo.
Foi pena este dado não estar no “In Memoriam”.
No
documento 2, de 1952, formaliza-se a sua posição de chefe de brigada na
carreira policial, pois até aqui Farinha dos Santos estava na PIDE por
requisição.
No
documento 3, de 1953, Farinha dos Santos é promovido a subinspector.
No
documento 4, de 1954, certifica-se que Farinha dos Santos não esteve no Oriente
«ao serviço do Ministério do Ultramar», como refere – decerto por lapso – o
perfil. Foi voluntário de uma missão da PIDE que, a convite do referido
ministério, montou uma brigada na Índia Portuguesa. Esta é a nota de embarque
no navio Índia.
No
documento 5, de 1960, Farinha dos Santos é exonerado da PIDE a seu pedido por
ter sido aceite no cargo de segundo assistente da Faculdade de Letras.
Também
tenho os louvores, as licenças e as páginas da biografia do Dr. Soares que
recordam tão amável personagem.
Julgo que assim fica mais completa a biografia...
1 comentário:
Bem dada! É preciso não esquecer!
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