Numa
entrevista que me concedeu, em 2015, Armando Baptista-Bastos contou-me que
demorara a encontrar a sua voz. Filho de um dos tipógrafos que participara na
fundação de A Bola e do Diário
Popular, teve acesso desde miúdo ao mundo mágico da composição a chumbo.
«Experimentei várias assinaturas e estilos antes de encontrar os meus",
disse-me.
Há tempos, no arquivo do Diário
Popular, identifiquei uma dessas prosas – sob assinatura de Baptista Bastos
ainda sem o hífen e com desenhos do inesquecível José de Lemos. BB teria 17
anos em 1951, quando esse conto foi publicado.
Hoje, encontrei outro registo.
No Verão de 1949 (com 15 anos), BB assinava apenas como Armando Bastos. E o Zé
de Lemos, com o inconfundível braço ao peito mesmo enquanto andava (tique
profissional de quem passava horas no estirador) voltou a desenhar.
Diário Popular, a partir de microfilme da Biblioteca Nacional |
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