domingo, junho 30, 2019

A anta das Pedras Grandes

Tinha programado esta visita para a última semana de Maio, altura em que passaram três anos sobre a morte do arqueólogo Rui Boaventura, mas não foi possível.
A anta das Pedras Grandes, em Caneças/Odivelas, é um monumento ao engenho do Rui, que moveu mundos e fundos para que o “seu” município de Odivelas requalificasse este espaço e promovesse uma campanha de escavação em 2001.
As “pedras grandes” são o que resta de um dos seis monumentos megalíticos identificados por Carlos Ribeiro no século XIX na zona saloia de Lisboa. É também – constato agora – a anta mais perto de minha casa e uma verdadeira improbabilidade estatística que aqui se mantenha, num dos conselhos com maior densidade demográfica do país.
Valeu o engenho do Rui.

Que aqui fique por mais 3.500 anos.


1 comentário:

victor disse...

Caro entusiasta da história do periodismo português:

A anta de Caneças arrisca-se a transformar-se em Dragom, como aconteceu ao Porto, que até tinha um estádio delas (Antas) que se metamorfoseou num Ele singular, o tal Dragom, depois da apariçom na costa de um futuro galaró-om.

No caso de caneças (palavra que deriva do árabe e que está associado a práticas islâmicas) como a anta é só uma, e não está englobada num estádio, talvez surjam na metamorfose dragonas pequeninas.

O tempo de tudo é capaz, ou não fosse um grandecíssimo escultor, para exagerar no título de book da esquecida Yourcenar, a tal que, segundo o O Neil numa noite de jantar faduncho em Lisboa, se retirou soezmente para o hotel, para "ressenar", deixando a companhia luso-intelectual entregue ao bichanar alfacinha da época.

A sugestão que faço diz respeito à Gazeta de Lisboa, que também em ela se transmetamorfoseou desde que apareceu no sec. XVIII, em Diário de Governo e sucessivos e quejandos entes jurídicos que hoje têm um rebento fabuloso no electrónico Diário da República. Isto , este nem paralelo com os jornalecos para o povo, os DNs e os Séculos e assim,
até aos blogs e redes sociais zuca bazaruca bergues. Já o cego Feliciano de Castilho chamava ao jovem e altíssimo Ideia-dor Antero do Quental (um descendente de rei das canárias e de padres do oratório) ZARANZA...

A zaranzice continua e sempre All in the Family. Já o Agostinho de Macedo alertava para os periodistas que proliferavam como ratazanas nas barbas do Intendente Pina Manique. Os tais periodistas que terão inventado ou usado a técnica das fake news tão falada nos tempos (grandes escultores) que pululam. Inovações ou start-ups que provam bem que a Pátria (contra os canhões marchar marchar)

Como é que se consegue em 2 séculos, se tanto, esculpir uma coisa que se vendia pelo preço de centavos pendurado de umas cordas, em Diário da República electrónico com toda a força legislatória, essa a Obra de Arte que vale a pena desenterrar, caso ainda esteja debaixo das ruínas do terramoto de 1755&Cª Ilimitada.

Talvez invocando o ente espiritual da casa Fernando Pessoa, quando voltar a abrir solenemente as portas de campo de Ourique. As portas e janelas electrónicas da casa continuam escancaradas diante dum sorvedoiro astral conhecido por Dívida Universal. O Portogolo geral, à escala galáctica, um Imenso Portogolaço ( agora que o Buarque já teve que levar com o Camões, coitado).

Como isto é para editor censurar, alambazei-me. Coisas que acontecem na magia das letras electrónicas, nada de tão sensacional como o metamorfosear de gazetas em leis da Dívida.

Cumprimentos

Victor