Maria Augusta Seixas deu-nos uma boa tese de mestrado sobre Virgínia Quaresma, a pioneira das pioneiras (embora não editada em livro).
O Wilton Fonseca descobriu um filão na brilhante Alice Oram, luso-britânica que relatou golpes e revoluções para os jornais ingleses. Começou também a identificar o papel de Joe Schercliff na política e no jornalismo portugueses de 1940-1960.
Com imodéstia, acho que dei a conhecer um pouco mais sobre a luso-brasileira Fernanda Reis, que saltou de pára-quedas na guerra da Coreia como enviada-especial de O Globo e foi redactora do Diário Popular, entre outros jornais.
Manuela Azevedo ditou memórias (falíveis e sinuosas, mas memórias) a Luís Humberto Marcos.
Maria Antónia Fiadeiro dedicou a sua tese a Maria Lamas em todas as suas dimensões – política, literária e jornalística.
Dina Botelho tratou a vida de Maria Archer.
Há dois anos, Isabel Baltazar publicou um primeiro opúsculo, com apoio da CM Arganil, sobre Irene de Vasconcelos, a primeira portuguesa licenciada na Sorbonne e correspondente do Diário de Lisboa durante quase uma década, cobrindo as sessões da Sociedade das Nações e entrevistando Mussolini e Briand. Julgo que esse trabalho está a ser continuado pela autora (encontrei, num arquivo que exploro, cartas inéditas de Irene que terão talvez alguma importância).
Faltam naturalmente outras. Carmen Marques, fundadora do Diário de Lisboa; Oliva Guerra, cantora e crítica musical; Francine Benoit, indecemente travada no Conservatório, mas com uma persistente acção corajosa de crítica de música no D. Lisboa; Aurora Jardim, cronista do Jornal de Notícias; Marta Mesquita da Câmara, primeira redactora de O Primeiro de Janeiro; e até Carlota Serpa Pinto, a Clarinha do "Chá das Cinco".
Há trabalho para fazer nesta área. Um bom ponto de partida é este livrinho e esta senhora, que tratava Indalécio Prieto por tu antes de este partir para a aventura da república espanhola.
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