Há quem diga que os livros são mais perigosos do que as armas.
A história de Rogério Teixeira de Menezes foi conhecida em Portugal através do livro do espião dissidente Kim Philby. Foi depois contada com pormenor em livros de José António Barreiros e de Rui Araújo. Nos anos 1990, Barreiros conseguiu até entrevistar o diplomata português que, em 1943, enviara 10 a 12 mensagens disfarçadas com tinta simpática da embaixada portuguesa em Londres para contactos alemães em Lisboa. Foi condenado à morte, pena depois convertida em prisão perpétua e por fim reconvertida em expulsão do país. Foi de novo preso à chegada a Lisboa.
Essa é a parte da história conhecida. Em 1981, porém, o Tal & Qual descobriu-o em Castelo Branco. Hernâni Santos lera o livro de Philby em Inglaterra. Colocou a hipótese de o velho espião ainda estar vivo. Ele, Rui Cabral e um fotógrafo que opto por não identificar na história descobriram-no no Liceu de Castelo Branco. Como Hanna Arendt no julgamento de Eichmann, esperavam encontrar a personificação do mal. Encontraram um homem normal, adorado pelos seus alunos.
Esta é a história de uma reportagem que mudou para sempre a vida de Rogério Menezes. Na "Jornalismo e Jornalistas", n.º 73. Disponível aqui.
E a ilustração é do Luís Taklim!
3 comentários:
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www.clubedejornalistas.pt/.../10/JJ73-Parte-2.pdf (port 443
As minhas desculpas pelo link errado.
Tentemos assim: https://www.clubedejornalistas.pt/wp-content/uploads/2020/10/JJ73-Parte-2.pdf
Muito obrigado.
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