quinta-feira, novembro 05, 2020

O espião de Castelo Branco



Há quem diga que os livros são mais perigosos do que as armas. 

A história de Rogério Teixeira de Menezes foi conhecida em Portugal através do livro do espião dissidente Kim Philby. Foi depois contada com pormenor em livros de José António Barreiros e de Rui Araújo. Nos anos 1990, Barreiros conseguiu até entrevistar o diplomata português que, em 1943, enviara 10 a 12 mensagens disfarçadas com tinta simpática da embaixada portuguesa em Londres para contactos alemães em Lisboa. Foi condenado à morte, pena depois convertida em prisão perpétua e por fim reconvertida em expulsão do país. Foi de novo preso à chegada a Lisboa. 

Essa é a parte da história conhecida. Em 1981, porém, o Tal & Qual descobriu-o em Castelo Branco. Hernâni Santos lera o livro de Philby em Inglaterra. Colocou a hipótese de o velho espião ainda estar vivo. Ele, Rui Cabral e um fotógrafo que opto por não identificar na história descobriram-no no Liceu de Castelo Branco. Como Hanna Arendt no julgamento de Eichmann, esperavam encontrar a personificação do mal. Encontraram um homem normal, adorado pelos seus alunos. 

Esta é a história de uma reportagem que mudou para sempre a vida de Rogério Menezes. Na "Jornalismo e Jornalistas", n.º 73. Disponível aqui.  

E a ilustração é do Luís Taklim!

3 comentários:

Jose Fernandes disse...

404 Not Found
The server can not find the requested page:
www.clubedejornalistas.pt/.../10/JJ73-Parte-2.pdf (port 443

Gonçalo Pereira disse...

As minhas desculpas pelo link errado.
Tentemos assim: https://www.clubedejornalistas.pt/wp-content/uploads/2020/10/JJ73-Parte-2.pdf

Jose Fernandes disse...

Muito obrigado.