quinta-feira, julho 30, 2009

A Rosa ao Vento

Há seis anos, aqui na National Geographic, decidimos fazer um artigo sobre um especialista em Descobrimentos (cujo nome omito para não o misturar nesta história de rabos ao léu).
Levámo-lo à Rosa dos Ventos de Belém para o Nuno Correia fazer a fotografia que abriria o perfil. Ao fim de cinco minutos, já com o tripé montado, apareceu o segurança da Torre de Belém, que insistiu que ali não se faziam fotografias. Fomos falar com o responsável pelo monumento.
"Não pode ser, não podem tirar fotografias aqui sem me avisar", disse ele, ignorando olimpicamente os milhares de turistas que ali vão todos os dias, de máquina na mão. Acabámos por completar a sessão fotográfica, não sem antes prometer ao zeloso guardião do monumento que lhe ofereceríamos cinco ou seis exemplares.
Ora, a Playboy deste mês faz um "ensaio" com uma menina nua em cima da dita rosa dos ventos. A senhora deita-se sobre a Madeira, pisa ao de leve os Açores e sobrepõe-se a uma das rotas atlânticas do século XV. Poderão os senhores leitores explicar o racional desta autorização?
Muito agradecido.
(às tantas, a sessão foi autorizada mas a revista vai ter de oferecer muito mais exemplares!!!)

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